Notícia

Dia Internacional de luta pela Saúde das Mulheres

Em solidariedade, resistimos por mais e melhor saúde

Hoje, 28 de maio, celebra-se o Dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres. Este dia de resistência e ação obriga-nos a afirmar a importância da saúde sexual e reprodutiva e dos seus direitos. Uma saúde com uma visão interseccional, que cuide e proteja efetivamente a saúde de todas as mulheres, meninas e pessoas de género diverso, garantindo a autonomia e autodeterminação sobre os seus corpos.

O tema deste ano é “In Solidarity We Resist: Our Fight, Our Right!” (“Em solidariedade, resistimos: A nossa Luta, o nosso Direito!”, tradução livre), numa chamada à ação interseccional contra as crescentes formas de opressão sobre os nossos corpos. 

A saúde das mulheres começa nos direitos reprodutivos, no direito ao aborto, na autodeterminação de género e expande-se pelo direito a um serviço nacional de saúde justo, amplo, aberto e de qualidade que assegure mais qualidade de vida em todos os momentos das nossas vidas. 

As vidas das mulheres continuam a ser invisibilizadas e a saúde ocupa um papel central nessa invisibilização, que custa tantas vidas e que provoca sofrimento e dores evitáveis. O conhecimento, investigação e investimento feito na saúde continua a ser maioritariamente para homens cis, deixando de fora todos os outros corpos e identidades. Só com mais conhecimento, investigação e investimento na saúde em toda a sua interseccionalidade teremos uma sociedade mais plena, com saúde, qualidade de vida e bem-estar.

Hoje, no Dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres, alertamos para a urgência de mais e melhor educação sexual, de políticas públicas ativamente dirigidas para a saúde das mulheres em toda a sua diversidade (cis, trans, racializadas, menstruadas, em menopausa, jovens, velhas, neurodivergentes, com diversidade funcional e/ou deficiência, mães, estéreis, refugiadas, migrantes e muito mais), de maior sensibilização e formação de profissionais de saúde, de melhores condições de trabalho, de mais acesso sem discriminação a serviços públicos de saúde de qualidade.

Hoje exaltamos esta luta pela saúde das mulheres. Fazer parte desta luta é dizer que não aceitamos definições de mulheres de padrão único, como se mulher significasse apenas uma coisa, como, infelizmente e por exemplo, o Supremo Tribunal Britânico quer impor no Reino Unido. Fazer parte desta luta é defender os Direitos Humanos, exaltando aquelas que foram sempre as mais desprezadas da História. É tempo de nos unirmos, abraçando toda a nossa diversidade e lutando por mais e melhor saúde.