O Dia do Orgulho Agénero comemora-se a 19 de maio, representando um dia de sensibilização e consciencialização sobre esta identidade. Este dia começou a ser celebrado em 2017.
Pessoas agénero estão dentro do termo chapéu não-binário e/ou trans. Agénero é uma identidade que representa a ausência de género, não se tratando por isso de um outro género, mas sim da sua ausência.
A bandeira agénero, criada em 2014 por Salem Fontana, representa um símbolo importante para a comunidade. As suas listas têm o seguinte significado: preto e branco, a ausência de género; cinza a ausência parcial de género e verde os géneros dentro da não binariedade.
Tal como qualquer outra identidade, não há uma única forma de ser agénero. Há tantas expressões quanto pessoas, tantas formas quanto pessoas. Muitas vezes, quando lidas como cis e hetero, pessoas agénero são acusadas de usufruírem desse privilégio, mas nem sempre uma pessoa agénero é lida enquanto cis e hetero, tal como qualquer outra pessoa dentro do espetro não-binário e até mesmo no binário.
Pessoas agénero subvertem um sistema ditado pelas normas e pelas formas de ser “o género”, rejeitando-o e vivendo dentro de um paradigma de liberdade na interpretação do que é ser e existir. Desconstroem a ideia de binário, posicionam-se política e socialmente num lugar de não interferência com quem se é. É importante não confundir agénero com género neutro, pois ditam realidades diferentes. O primeiro é uma identidade, o segundo é uma identidade e um género em si.
Pessoas que não sentem uma total ausência de género podem sentir uma aproximação com um género em específico, daí a representação do cinza, dando-se o nome de demigénero. Não confundir com assexualidade e/ou demissexualidade, pois estes dois termos relacionam-se com a orientação sexual (ou a sua ausência), e agénero/demigénero, relacionam-se com a identidade de género (ou a sua ausência).
Por um mundo mais inclusivo, façamos também da ageneridade parte da nossa compreensão da realidade, dando-nos mais espaço e mais ferramentas para existir. Subvertamos ou aceitemos essa subversão das normas e dos padrões sociais que apenas ditam a normatividade, mas que no fundo não representam a totalidade da diversidade que são as nossas existências.