Hoje celebra-se o Dia Internacional do Preservativo que, desde 2008 e por iniciativa da AIDS Health Care Foundation, tem como objetivo assinalar a importância do preservativo enquanto medida de prevenção de infeções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidezes não desejadas.
As práticas sexuais desprotegidas acrescem um risco muito maior de transmissão por contacto entre fluidos, como sangue ou sémen, com mucosas do corpo, como a mucosa vaginal, anal ou oral. É por isso que métodos barreira são particularmente eficazes para garantir a proteção contra infeções.
Muitas vezes estas infecções são silenciosas nos primeiros dias e apenas se manifestam mais tarde. Por outro lado, uma pessoa pode ser portadora de vírus ou bactéria e não manifestar sintomas, mas pode atuar como agente infeccioso para outras pessoas – nem sempre as pessoas infetadas ficam doentes. Nos dias que correm, as doenças que resultam destas infeções não são tão letais quanto eram há alguns anos. O progresso científico nesta área tem permitido encontrar soluções que permitem, mesmo em situações de doença, que muitas pessoas possam viver sem problemas maiores. Porém, os cuidados que podemos ter podem ajudar-nos a evitar estas situações, uma vez que podemos ser parte do grupo de pessoas que sentem os sintomas de outra forma. Mais do que estigma ou moralismos, importa que as pessoas tenham acesso à melhor informação que as permita tomar as melhores decisões para si mesmas.
Sendo amanhã o dia das pessoas que namoram, um dia que celebra relações, muitas vezes espelhadas nas relações afetivo-sexuais, importa também assinalar o dia de hoje como um marco importante para o estabelecimento de relações sexuais saudáveis e prósperas.
Relembrar que existem práticas sexuais chamadas stealthsex que se caracterizam pela remoção do preservativo sem que a outra pessoa/outras pessoas percebam (e, como tal, sem o seu consentimento), aumentando o risco de infeções. Também, as práticas de chemsex, muitas vezes pela sua natureza e pela redução da consciência do perigo, podem levar também a maior risco de infeções.
Por fim, reforçamos que as práticas sexuais, sejam elas quais forem, devem ser consentidas com um sim entusiástico e que a forma de obter prazer sexual é subjetiva e pessoal, sendo que cada pessoa tem a sua forma e os seus próprios desejos. Como tal, cada pessoa deve ser sempre respeitada e numa lógica de não se colocar a si mesma e a outras pessoas em risco.
Se precisares de alguns destes itens, relembramos que no Centro LGBTI+ disponibilizamos gratuitamente preservativos internos, externos, bem como lubrificantes.
Lembremo-nos que o preservativo não está a atrapalhar, mas a prevenir.
Com muito e bom gosto.